quarta-feira, 31 de março de 2010


Tento não olhar enquanto toco seu corpo sem vida frio, ainda úmido pelo sangue que te ensopou.
A dor que sinto é quase indescritível, como se a cada segundo espadas dilacerassem meu coração... A dor de não ter mais você me deixa insano ao primeiro momento, cheio de ira, cheio de culpa.
Em prantos caio sobre seu mórbido mais nem por isso indesejável corpo, fechando meus olhos relembrando dos nossos lindos momentos de amor, onde éramos um só ser, uma só alma.
Lembro que podíamos libertar nossos espíritos e de olhos fechados entrelaçados em nosso amor vê-los se amando ao som dos nossos gemidos, dos nossos sussurros.
... E agora amor? O que eu faço sem você?
Como continuo sem estar ao seu lado? Como crio, transformo e ou evoluo as coisas sem minha força, sem meu dom?
Minhas lágrimas limpam seu rosto antes ensangüentado a deixando bela como sempre será!
Meus lábios procuram o seu infelizmente pela ultima vez, lábios antes macios e quentes, agora frios e secos.
Ah como queria estar com você agora meu amor, fazer companhia a seu isolamento... Nos isolarmos do mundo e do espaço... Sinto meu espírito tentar sair a sua procura mais as correntes ainda fortes não permitem.
Recordo como era fácil de nos comunicarmos de nos interagirmos somente com eles ( um breve sorriso se faz por um pouco instante), bastava fechar os olhos e tocar em você que logo eles estavam juntos.
E agora, por mais que tente, por mais que te toque nada acontece, você já pálida, seus olhos não abrem mais, seu sangue sujando todo o meu corpo, todo o meu mundo...
Meu mundo... Não existe mais mundo! Não existe mais felicidade nem algo que me faça querer continuar. Existe apenas o que sobrou da gente aqui em minhas mãos, seu corpo sem vida.
Te amo tanto! Preciso que você volte! Volta por favor...

... Não sou nada sem você aqui, deixo de existir de tentar continuar sem você. Não quero mais continuar aqui sem você... Desejo um dia criar coragem e ir ao seu encontro, venha logo me buscar meu amor, eu imploro!

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